quinta-feira, 31 de maio de 2012

Boa Vida II

Não preciso de mais nada
A vida vai tão bem
Adeus, madrugada!
Meu amor agora só uma tem

Sentirão minha falta pelas ruas
De mim e minhas loucuras
Minhas noitadas
Minhas loucuras das madrugadas
Por esquinas, praças, lares
Favelas, avenidas e bares
Tudo agora tem outro sentido
Tô vivendo outro partido

Minhas paixões enganadas
Tudo que têm agora é meu Rock Balada
Não me liguem, por favor!
Tô ocupado
Vivendo um grande amor

Minha carreira agora é outra
Mas ainda bebo e canto com a voz rouca
Ainda tenho o Rock estampado na blusa
Com meu Ray-Ban e minha fama de Cazuza

Não se preocupem, amigos.
Ainda vamos viver muitos perigos
Aquelas viagens que eram uma delícia
Ainda vamos correr e levar dura da polícia
Espero que ninguém se importe
Quem sabe um dia eu volte
Demore o tempo que for
Por enquanto tô ocupado
Vivendo um grande amor ...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Iansã / Oyá


Iansã viajava pelas cachoeiras
Descansa nas águas paradas
Das guerreiras
A mais amada

Amor de Xangô
Amor de Xangô

Recebeu um nome
Com amor de Xangô
Bonito como um fim de tarde
Bonito como um fim de tarde
Um entardecer

Uma tempestade, uma ventania
Mudança de tempo repentina
Mudança de humor repentina
Entre a noite e a manhã
Como uma filha de Iansã
Como um filho de Iansã

A água, o fogo
Raios e tempestades
Ou pura no ar
Oyá

Quem me trair não vai ter perdão
Não vai ter perdão, não
Por esse mal 
Lhe assustarás com o trovão
E partirás num vendaval

Com a fúria de uma tempestade 
Raios e trovões
Ou a leveza da brisa do mar
Oyá

Tua espada de fogo guiara minhas paixões
Até o primeiro raio de luz da manhã
Porque sou filho de Iansã
Porque sou filho de Iansã

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Amor de Gauna

Quando ela passa
No fim do verão
Do arpoador até o Leblon
Moça bonita, da pele morena
Cor de um fim de tarde em Ipanema
Cabelos ao vento
Paz de espirito
Coração em tormento

Menina da mata
Os homens farão de tudo
Para te amar ( Karajá )
Farão de tudo
Por um pouco do teu amor ( Bororo )
Mas todos lhe verão partir
Índia Guarani
Tua beleza é da mãe natureza
E a natureza não pertence a ninguém
Homem nenhum, no mundo inteiro
Sorte do Rio de Janeiro
Sua platéia de olhares fiéis
Ondas morrendo aos teus pés

Pés na areia
Coração sem tribo ou aldeia
Coração selvagem, sem estimação
Sempre amando errado
E caindo em ilusão

Beleza esperta
Eu quero é o amor de Roberta
Amor sem endereço, tribo ou etnia
E o amor que eu também te daria?
Mas não me culpe, não me puna
Por só querer
Amor de Gauna

sábado, 26 de novembro de 2011

Madrugada

De dia eu me escondo
A noite vou às forras
A noite é meu abrigo, meu esconderijo
Nela eu guardo
Meus segredos, minhas loucuras
Minhas paixões, e amores de uma noite só
Eu sou só, me escondo por baixo das estrelas
E enamoro a lua
E te amo sem culpa e nua
Com toda minha paixão, sem sentido, sem razão
A lua é minha amante, minha namorada
Por tantas, e todas as madrugadas

A noite trás a saudade
De alguém que foi embora
Muito, mas muito antes da hora
A noite rouba lucidez
E desperta a loucura que há em mim, mais uma vez
A noite é dos solitários, dos amantes, dos apaixonados
Segredos e medos roubados
Por um beijo de amor
Amor que com certeza
Não será com o sol
E vai deixar a lembrança
Numa inutil vingança há a esperança
De que ninguém mentiu
Na saudade de um amor
Que não existiu
'' Porque eu só vivo só ''

Te faço tantas promessas
Amo o teu amor, e toda essa sua ternura
Mas não sei o que em mim, você procura
Conhece bem meu jeito e minha loucura
E sabe que o sol é meu maior inimigo
Que me rouba às fantasias mais loucas e os sonhos mais banais
E trás a realidade e tantas outras coisas mais, sem só
Rouba às paixões que não amanhecem comigo
E me deixam só
E me faz ser teu amigo
Deixa a saudade daquele nosso amor
Amor de uma noite só

Eu não lhe prometo mais nada
Nem meus versos, nem frases rimadas
E por nada eu vou atrás da minha cura
Eu sou perdido, eu e meu coração partido
Minha loucura, meu jeito bandido
De causar paixões, prometer o mundo, fazer um mundo nosso
E jogar tua vida no meio de um furacão
E pegar o primeiro avião
Pro meu mundo, onde ninguém entra, ninguem sai
Por nem meio segundo.

E se eu sumir sem avisar
Siga, não me espere voltar
Minha poesia, minha ideologia
São coisas que nunca vão mudar, entenda
Mas se quiser me achar
Me procure pelas madrugadas, pelas ruas desertas
Pelas esquinas da vida
Que um dia fez minha vida cruzar com a tua
Eu estarei bebado e olhando a lua
Lua que me procura
E só mais uma das minhas namoradas
Por tantas, e todas madrugar
Espero que um dia você entenda minhas loucuras.

domingo, 9 de outubro de 2011

O Rio Brilhava

No bar a despedida
De uma pessoa recem conhecida
Os sentidos dormentes
Olhares atentos a tudo que passava
No horizonte
O Rio brilhava

A vida vai seguindo
Sem cor, sem fim de tarde, nem nada
Só o preto e branco
Do céu escuro de uma noite estrelada
Porque eu vivo pelas madrugadas
Procurando novos sonhos
Algo para acreditar, talvez, só uma certeza
Que o amanhacer não venha me roubar

Porque tudo que a vida me deu
Ela está roubando de mim
Mas eu não desisto
E luto contra a vida, o destino
Até mesmo contra a vontade de Deus
Mas estou cada vez mais fraco,
Perdido e só
Minha vida se esvai, leve
Como pó
Jogado ao vento
Mesmo vento que levou embora
Para um lugar bem distante
Todos os meus sonhos
E os esconderam
No fim de um horizonte.

domingo, 21 de agosto de 2011

Meus Ray-Bans Escuros

Meus Ray-Bans escuros
Que escondem minhas vistas
Vermelhas e pequenas
Que vêm um mundo lá fora
Tão diferente do normal
Que só os loucos sabem que existe
Um mundo fora da realidade
Mas completamente dentro
Da minha insanidade

Meus Ray-Bans escondem
Meus olhos com um brilho tão diferente
Cheios de ilusões e poesia
Pra quem vive cercado de medo
Eu grito minha ideologia
Louca e desafinada
Versos que contam
Sobre minha vida desenfreada

Pra que vive nos trilhos
Eu sou um carro sem freio na estrada
Pra quem sente dor
Eu sou a ferida
O pedestre cego
Nos cruzamentos da vida
Pros cordeiros de Deus
Eu sou o anjo fora da lei
Pra quem sente tesão
Eu sou o orgasmo
Pra quem vive só
Eu sirvo de amigo
Da madrugada eu faço meu unico abrigo
Do carinho
Eu sou a ternura
Pra quem tem a mente sã
Eu sou a loucura

Querida, Ceci

Ah! minha amiga
A vida mudou
Mas eu continuo igual
O tempo passou,
Mas não me leve a mal

Ainda sou aquele cara
O bebado, drogado
O boemio paixonado
Cheio de malicia e rancor
Sempre atrás de um novo amor

Posso não ser mais
Aquele vagabundo
Largado no mundo
Como os sonhos banais
Que todo mundo tem
Mas ainda sou
Aquele cara da mesa de bar
Procurando alguém pra amar
Por uma noite ou duas
Que sempre vai sem avisar
E nunca diz se vai voltar
E vai embora levando
As promessas não compridas
O conquistador barato
Que voce consegue bem
Que sempre ganha o coração de alguém
Mas prefere viver sem ninguém
Porque voce sabe, tem coisa que não muda, não
Ainda prefiro minhas madrugadas loucas
E as manhãs de ressaca
Saca?!

É, meu bem
Eu tive que perde
Um pouco da minha liberdade
Mas não caí na realidade
Ainda sou o sonhador.
E minha mãe acha
Que é a hora deu sossegar
Encontrar alguém
E levar aquela vida banal,
Mas no fundo ela sabe
Que minha vida é um eterno carnaval
Mas quem sabe
Numa saideira
Eu num encontre alguém
Porque como todo poeta
Acredito em amor pra vida inteira
Mas minha vida está completa

Então, amiga
Como você pode ver
Eu não mudei em nada
Ainda sou o louco, discarado, tarado
Que não há nada na vida
Que vai me fazer mudar
Porquem nasci louco, vou morrer louco
Mesmo sem saber aonde a vida vai me levar ....