domingo, 9 de outubro de 2011

O Rio Brilhava

No bar a despedida
De uma pessoa recem conhecida
Os sentidos dormentes
Olhares atentos a tudo que passava
No horizonte
O Rio brilhava

A vida vai seguindo
Sem cor, sem fim de tarde, nem nada
Só o preto e branco
Do céu escuro de uma noite estrelada
Porque eu vivo pelas madrugadas
Procurando novos sonhos
Algo para acreditar, talvez, só uma certeza
Que o amanhacer não venha me roubar

Porque tudo que a vida me deu
Ela está roubando de mim
Mas eu não desisto
E luto contra a vida, o destino
Até mesmo contra a vontade de Deus
Mas estou cada vez mais fraco,
Perdido e só
Minha vida se esvai, leve
Como pó
Jogado ao vento
Mesmo vento que levou embora
Para um lugar bem distante
Todos os meus sonhos
E os esconderam
No fim de um horizonte.